sexta-feira, 27 de novembro de 2009
VIDA DE ENSAIOS
VIDA DE ENSAIOS
As carícias das folhas
do Outono - cansadas
são a marca do teu corpo:
o percurso da esperança
do meu olhar discreto.
São uma vida de ensaios
e sorrisos de dentes alvos
de neve,que cairá em abundância
quando o inverno finalmente – chegar.
Uma voz familiar
como a(mão que embala o berço)
e já o sol se esconde
no prenúncio duma era, que não tarda - aí.
Voltem as árvores floridas
dos teus olhos!
Que de tão esperados volvem imagens
do passado.
Voltem os dias em que andarilhávamos
o mundo!
À procura de nada.
Voltem as cores do arco-íris!
Para que volte - a vida.
Poesiadeneno
sábado, 21 de novembro de 2009
Searas de Solidão
Searas de Solidão
Perco-me nas searas de trigo maduro,
já o sol incendeia o meu corpo, por dentro.
Não lobrigo vivalma - tudo dorme,
nesta terra de ninguém.
No horizonte errante dos meus dias,
um abraço firme e solitário, no meu prazo.
Eterna solidão.
À minha volta os pássaros bailam como folhas mortas,
e a seara está pronta prá ceifa.
E eu à espera que o sol me ilumine por dentro.
Poesiadedeno12119
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Rómulo de Carvalho(A.Gedeão)
Oculta Face
Nunca fui capaz
Nunca fui capaz
Nunca fui capaz de num sussurro
dizer que te amo,ou encher de beijos o teu rosto.
Nunca fui capaz de sufocar por ti,
ou acariciar o teu gostoso peito.
Nunca fui capaz de sentir o teu ventre ardente,
ou enlaçar o teu corpo quente de mulher.
Nunca fui capaz de te amar
quando toda a magia pairava no ar.
Fui louco,perdi-me no tempo,
e não soube ver que eras O Meu sonho.*
Poesiadeneno
A carta/poema que te escrevi, mas que nunca fui capaz de enviar.
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Carta/poema que nunca fui capaz de te enviar
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Diálogos-I[O FADO]
O FADO
Começa
nos ouvidos – o fado
Escuta
como posso ter a certeza de que sentes?!
É tudo tão imprevisível:
as ondas do mar,
e os cavalos,
o teu sorriso de criança
e o sentir-te - acordar
- como posso ter a mesma opinião?!
E os meus sentimentos?!
Alguém, por acaso, já pensou em mim?!
Tenho todas as ondas do mar nos meus cabelos
sou um cavalo sentimental – e até um pouco mais
que isso.
Sou uma criança que, quando ri, mostra toda a beleza
que há no mundo.
Exagerava,
até nas coisas mais simples, mas nunca
compreendeu porquê.
Neno
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O Mundo com que sempre sonhei
O Mundo com que sempre sonhei
Como,
Seria simples pronunciar uma palavra amiga
Estender a mão ao irmão que sofre
Dar de comer a quem tem fome
Dar de beber a quem tem sede
Passar a mão pelo rosto ao infeliz.
Gestos simples
E humanos de tão simples.
Desconfiados de tudo e de todos
Deixámos de acreditar nos outros
E em nós próprios
Tolhidos pela rotina nefasta
De um quotidiano sem causas nem sentido.
Como seria simples pronunciar
Uma palavra amiga
Estender a mão
Deixar cair uma gota de água.
Gestos simples
De cada um
E de nós todos.
O mundo amanheceria diferente
A guerra daria lugar à paz
A inimizade à amizade sincera e leal
O mundo adormeceria diferente.
Irreconhecível!
Fraterno
Igual
Livre
O Mundo com que sempre sonhei.
neno
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A Casa Perfeita
A Casa Perfeita
O universo habita a minh` alma
e o meu corpo.
Desta união nasceu a casa perfeita.
Ao acordar abro as janelas da alma,
e vejo o mundo à minha volta.
Da montanha a vista é intemporal;
na planície tudo é igualmente belo.
Esta é a minha casa.
Não me custou um cêntimo.
É a casa dos meus sonhos.
Convive comigo o tempo todo,
e acompanha-me para onde vou.
Ao anoitecer ouço todas as aves da
Natureza.
Onde estou eu, está o mundo.
É uma casa sem muros,não é uma prisão.
É um estado d`alma
que me conecta com todos aqueles,
que têm o amor no coração.
Neno
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Dante Alighieri
Dante Alighieri
Fujo das palavras
como quem foge de um bezerro.
Li a Divina Comédia,
e fiquei cheio de medo.
Ah! Estavas só a brincar!?
Cheguei a acreditar
que a tua vida, tinha sido
um inferno.
Foi!
A mãe,
pedia-me para ir à missa todos os dias.
Pobre Dante!
Neno 308999
Nota: Singela homenagem a Dante Alighieri.
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
Descobrir o Outono
Descobrir o Outono
A vista avista
Lá ao longe
Um barco imóvel
No horizonte,
É um ponto
Um pontinho
Que sem brisa
Nem oscila,
As velas içadas
Pendem como
Folhas mortas
Neste Outono quente,
Que o vento se levante!
Pedem os marujos
Que o barco rasgue as águas!
Pede tod`à gente,
E como Deus não dorme
Ouviu a prece
As velas enfunam, docemente
E o barquinho desliza, suavemente.
Neno
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domingo, 8 de novembro de 2009
Os Quatro Elementos
Os Quatro Elementos
Sou um temporal que não escolhe tempos nem marés…
Descarrego a minha força sobre rochedos…
Não aceito compromissos nem perdões…
Venho para questionar…
Não quero ouvir o que o homem tem p`ra me dizer…
Vou esperar o tempo necessário…
Partirei tão destro quanto cheguei…
Não deixarei saudades…
Sou o Fogo que queima…
Não lamentarei a minha vida…
Sou a Água que transborda das margens.
Não lamentarei a minha morte…
Sou o Ar que desencadeia as tempestades.
Não lamentarei o tempo perdido…
Sou a Terra profanada…
Não lamentarei o sucedido…
Não nasci para perder…
Livros?
Não vos quero ler…
O que me serve de farol é o arco-íris nas tardes chuvosas.
.
Neno
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
O Nada É Eterno
Anoitece
as sombras vestem as casas
o sonho envolve os amantes
os pássaros dormitam
parou a eternidade.
Neno
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O Jardim do Amor
Castos Mistérios
Castos Mistérios
Senta-te a meu lado,
encosta a cabeça no meu ombro,
e respira felicidade.
Sei que é um gesto singelo,
mas é o que me diz mais neste momento.
Reinventemos o amor,
se o tempo soubermos enganar.
Dizes que o tempo é pouco quando se ama,
são as sábias leis da Natureza.
Não penses mais e sente
o amor,
que me deixas nesse abraço.
Ah! Clamo no embaraço
de um olhar sincero dos teus olhos.
Castos mistérios que me encantam,
e me deixam
ver e ouvir a imensidão.
O tempo pára a espreitar,
os amantes sentados ao luar.
Neno
O POEMA
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