quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ANO NOVO, VIDA NOVA?


ANO NOVO, VIDA NOVA?



À deriva,
vou sacudindo as ondas alterosas
que mal amanhadas
me varrem da cabeça aos pés.
Arrepanhado,
e de cabelo a esvoaçar
num país de carrosséis e palhaços
vou sacudindo as moscas e os percevejos
para matar o tempo.
Farto,
de impostores e de sábios
no esgrimir de argumentos
que convencem ventos e cavam fossos
de demagogia e iliteracia bolorenta.
Vomito faculdades envoltas na escuridão
que revelam um amanhecer sombrio
para os presentes
e acanham o futuro
dos parcos descendentes.
Vamos nesta noite de fim de ano
esquecer as mágoas no álcool
para esquecer a cobardia
das criticas lacrimosas
e choradinhos dos utentes
da noite,que já foi.
Não ouço vozes nem gritos!


Poesiadeneno

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